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TRIBUNA ABIER T A
34 ganização Mundial de Saúde (OMS), mográfi ca, enquadra o envelhecimento
deve ser promovido o envelhecimento ativo e que, em seguida, descreve os de-
ativo (OMS, 2015). A palavra ativo sig- safi os, as oportunidades e as estretégias
nifi ca que é necessário otimizar todas as transversais em curso e em discussão
oportunidades para dar continuidade e na área da saúde para dar resposta às
reintegrar a pessoa idosa na sociedade, principais necessidades.
na economia, na cultura, fazendo-a
sentir-se útil, integrada e pertencente à Envelhecimento da população
sociedade (OMS, 2002). portuguesa: principais indicadores
Em matéria do envelhecimento ativo
e saudável, Portugal está comprometido A distribuição da população residente
com a “Strategy and Global Plan of Ac- em Portugal por faixa etária é também
tion for Healthy Aging” da OMS, e com um dado importante para analisar a
os objetivos fundamentais da União tendência evolutiva do envelhecimento
Europeia (UE), plasmados em iniciativas da população. Na fi gura seguinte, pode
de “Active ageing and solidarity between observar-se a pirâmide etária que com-
generations”(EU Parliament, 2011), para os anos 1981 e 2016.
tendo desenvolvido, no âmbito da saúde, Pela observação da fi gura anterior,
desde 2004, um Programa Nacional pode-se concluir que se assiste a um
para a Saúde das Pessoas Idosas. contínuo envelhecimento da população
Mesmo com os avanços em curso, muito expressiva no período de 35 anos.
De acordo com a directivas da Organi-
estudos recentes relativos à avaliação zaçao Mundial de Saúde (OMS), deve ser É clara a inversão da pirâmide demo-
das condições de vida, e das expectativas promovido o envelhecimento ativo
dos portugueses com 50 ou mais anos,
como o de Quaresma e Ribeirinho (2016, Figura 1. Piramide etária da populaçao portuguesa, para os
p. 31), revelam que, em Portugal, “é anos 1981 e 2016
reveladora da importância das transfor-
mações sociais, económicas e políticas,
no aumento da longevidade, e na qua-
lidade do envelhecer” e, por isso, há que
agir nessa área com o desenvolvimento
de políticas transversais e estratégias
promotoras de um envelhecimento ativo
e saudável, perante os desafi os que se
colocam, que constituem oportunidades
de melhoria “para as pessoas viverem
de forma saudável e autónoma o maior
período de tempo possível atè ao fi m da
sua vida” (Nunes, 2017, p. 135).
Nesse contexto, tendo em vista o
reportado pelos teóricos da área do
envelhecimento, o foco da presente in-
vestigação se faz em um estudo de caso
sobre o panorama do envelhecimento
em Portugal. Trata-se de um estudo
descritivo¬exploratório, que, inicial-
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mente, apresenta a caracterização de-