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Autonomia
12 Mudar, descobrir, (re)criar, ou A necessidade de organizar, gerir e deli-
evitar e permanecer? mitar a complexidade desta intervenção,
“Implica também no sentido de desenvolver respostas
A criação da Rede Nacional de Cuidados correctas e adequadas torna necessá-
acreditar que não há Continuados Integrados, da responsabili- rio que todos os profissionais integrem
modelos detentores da dade conjunta dos Ministérios da Saúde (1) um marco de referência teórico, que
verdade nos actos de e do Trabalho e Solidariedade Social, foi permita identificar e guiar o processo de
‘‘cuidar’’ e de prestar realmente perturbador, pois não só intro- intervenção, (2) a competência técnica/
‘‘apoio’’, mas que é no duziu um novo paradigma do “cuidar” prática, que permita executar o plano da
jogo da interacção, da pessoa em situação de dependência, intervenção.
da articulação e da como propôs uma intervenção que terá
complementaridade, de ser necessariamente comprometida Estes conceitos permitem situar o profis-
que podemos prestar um num trabalho conjunto e integrado entre sional no “porquê”, no “para quê” e no
os seus interventores, dando consistên- “como” deve participar no sistema sobre
”serviço de qualidade cia e sustentabilidade a um trabalho já o qual intervém, tendo sempre como ob-
iniciado no passado, mas pautado pelo jectivo aumentar o seu grau de satisfação
pontual e pelo aleatório. profissional e realização pessoal, assim
como prevenir a possibilidade do esgo-
Aceitar esta ideologia implica considerar tamento perante o impacto das práticas
noções como: exigidas.
– Centralidade na pessoa, Mas implica também acreditar que não
– Respeito pela identidade, integridade e há modelos detentores da verdade nos
actos de “cuidar” e de prestar “apoio”,
dignidade, mas que é no jogo da interacção, da ar-
– Participação e envolvimento, ticulação e da complementaridade, que
– Informação, podemos prestar um serviço de qualida-
– Adequação dos cuidados, de, não só adequado às reais necessida-
– Promoção de Autonomia, des das pessoas, mas também às suas
– Reabilitação, expectativas e exigências.
– (Re) Adaptação,
– Reinserção,
– Interdisciplinaridade,
– Qualificação e formação,
– Monitorização e avaliação,
como dimensões indispensáveis que de-
vemos parar de recusar, tentar reduzir ou
imobilizar.
A aceleração das problemáticas e a ne-
cessidade de consenso, perante a diversi-
dade de tarefas, são argumentos a favor
do necessário rigor de enquadramento
teórico.
Manter vivas estas noções e usá-las
como guias deve constituir um treino e
um esforço permanente de formação
para os profissionais.
12 Mudar, descobrir, (re)criar, ou A necessidade de organizar, gerir e deli-
evitar e permanecer? mitar a complexidade desta intervenção,
“Implica também no sentido de desenvolver respostas
A criação da Rede Nacional de Cuidados correctas e adequadas torna necessá-
acreditar que não há Continuados Integrados, da responsabili- rio que todos os profissionais integrem
modelos detentores da dade conjunta dos Ministérios da Saúde (1) um marco de referência teórico, que
verdade nos actos de e do Trabalho e Solidariedade Social, foi permita identificar e guiar o processo de
‘‘cuidar’’ e de prestar realmente perturbador, pois não só intro- intervenção, (2) a competência técnica/
‘‘apoio’’, mas que é no duziu um novo paradigma do “cuidar” prática, que permita executar o plano da
jogo da interacção, da pessoa em situação de dependência, intervenção.
da articulação e da como propôs uma intervenção que terá
complementaridade, de ser necessariamente comprometida Estes conceitos permitem situar o profis-
que podemos prestar um num trabalho conjunto e integrado entre sional no “porquê”, no “para quê” e no
os seus interventores, dando consistên- “como” deve participar no sistema sobre
”serviço de qualidade cia e sustentabilidade a um trabalho já o qual intervém, tendo sempre como ob-
iniciado no passado, mas pautado pelo jectivo aumentar o seu grau de satisfação
pontual e pelo aleatório. profissional e realização pessoal, assim
como prevenir a possibilidade do esgo-
Aceitar esta ideologia implica considerar tamento perante o impacto das práticas
noções como: exigidas.
– Centralidade na pessoa, Mas implica também acreditar que não
– Respeito pela identidade, integridade e há modelos detentores da verdade nos
actos de “cuidar” e de prestar “apoio”,
dignidade, mas que é no jogo da interacção, da ar-
– Participação e envolvimento, ticulação e da complementaridade, que
– Informação, podemos prestar um serviço de qualida-
– Adequação dos cuidados, de, não só adequado às reais necessida-
– Promoção de Autonomia, des das pessoas, mas também às suas
– Reabilitação, expectativas e exigências.
– (Re) Adaptação,
– Reinserção,
– Interdisciplinaridade,
– Qualificação e formação,
– Monitorização e avaliação,
como dimensões indispensáveis que de-
vemos parar de recusar, tentar reduzir ou
imobilizar.
A aceleração das problemáticas e a ne-
cessidade de consenso, perante a diversi-
dade de tarefas, são argumentos a favor
do necessário rigor de enquadramento
teórico.
Manter vivas estas noções e usá-las
como guias deve constituir um treino e
um esforço permanente de formação
para os profissionais.